O PCP do Porto afasta já qualquer hipótese de coligações com o PS ou o BE nas eleições autárquicas de 2013, embora não exclua hipóteses de assumir “responsabilidades” no próximo executivo camarário, seja qual for o partido vencedor.
“A CDU tem um projecto de esquerda para a cidade. O PS tem uma política de direita. Daí não fazer sentido uma coligação eleitoral”, alerta Belmiro Magalhães, da Direcção da Organização Concelhia do Porto do PCP.
Com duras críticas para os socialistas, o responsável atacou o discurso “hipócrita, demagógico e até mentiroso do PS”.
Pedro Carvalho, vereador da CDU na autarquia, acusa o candidato socialista, Manuel Pizarro, de “oportunismo, taticismo eleitoral e falta de seriedade” relativamente à “propagandeada intenção de uma designada coligação de esquerda”.
“O candidato do PS defendeu de forma elogiosa a política de gestão da actual maioria municipal PSD/CDS, mostrando claramente uma táctica do pisca-pisca. Ora pisca para a direita, ora pisca para a esquerda, por mera jogada eleitoral, enquanto os vereadores socialistas na câmara viabilizaram vários dos principais aspectos da política de direita”, afirmou.
Uma coligação com o BE também foi posta de parte: “Há projectos diferentes e notamos até uma posição oportunista do BE relativamente à disponibilidade para uma coligação com o PS”.
Estar num futuro executivo, seja qual for o partido eleito para gerir a autarquia (do Porto ou qualquer outra) não foi posto de parte. “Não dizemos categoricamente não à assunção de responsabilidades no próximo executivo, independentemente do partido vencedor”, disse para lembrar que a CDU já assumiu pelouros em câmaras do PS e do PSD (como no caso do Porto, no primeiro mandato do social-democrata Rui Rio, em que o comunista Rui Sá tutelou a pasta do Ambiente).
O candidato do PCP à Câmara do Porto ainda não está escolhido, mas o actual vereador comunista na autarquia, Pedro Carvalho, “será sempre considerado nessa discussão”.
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